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Arigatô, Azumi!

Os sashimis fresquíssimos do Azumi. Em sentido horário: salmão, meca, atum, buri e pargo.

Há quinze anos, quando a comida japonesa começava a se popularizar no Rio de Janeiro, era comum ver pessoas torcendo a cara para sashimis e enrolados. De lá pra cá muita coisa mudou. As temakerias invadiram a cidade, os yakisobas deixaram de ser a única opção para as crianças (que hoje manipulam hashis com intimidade impressionante), e uma variedade cada vez maior de peixes está disponível nos restaurantes.

Mas se há uma coisa que não mudou ao longo de todos esses anos é o restaurante Azumi. Felizmente! Há mais de duas décadas no bairro de Copacabana, o Azumi é discreto e se orgulha de manter a tradição. Escutar as garçonetes conversando em japonês é uma delícia que só se vivencia lá. Folhear o cardápio é outra experiência sensacional. Escrito em japonês, conta ainda com uma página dedicada a sugestões do dia como água viva, bolinhos de caranguejo e peixes menos freqüentes.

A dupla de mini polvo é cara (R$ 21), mas vale cada centavo.

No último fim de semana fui bater ponto por aquelas bandas. Para começar, duplas de mini polvo e de ouriço. O mini polvo, uma de minhas delícias preferidas, é imbatível. Já cheguei ao cúmulo de pedir 3 duplas pelo delivery, e nada mais.  Não era fome, mas uma vontade incontrolável de comer o molusco. Só lamento que aqui no Brasil o bichinho só chegue em conserva. Não saberia dizer qual o gosto dele fresco, mas para mim já está de bom tamanho. Deixo essa descoberta para uma futura viagem. O ouriço, suculento, explodia na boca.

A noite estava fria e pedia um prato quente para seguir em frente. Fomos então de Missô Nikomi Don Azumi, um ensopado de frango e camarão com cogumelo, alho poró, gema de ovo e bastante missô. Perfeito para esquentar a alma e abrir os trabalhos.

O ensopado é perfeito para as noites frias. Repare na quantidade de missô à direita.

E como não se pode ir ao Azumi sem provar seus peixes, sempre fresquíssimos, encerramos com um combinado de sashimis. Sobre o prato, meca, buri (também chamado de olho de boi), pargo, salmão e atum. Para acompanhar, uma tijelinha de gohan, o arroz japonês.

Dispensamos a sobremesa, já que o Azumi só oferece sorvetes industrializados. A única vez em que pedi sorvete lá foi para comemorar um aniversário e precisava de um apoio para a vela. Da próxima, acho que nem assim vou no sorvete. Finco a vela no gohan mesmo.

Agradabilíssima, a noite ainda rendeu um encontro com o querido Dudu, do recém inaugurado Astor, e um animado papo no balcão com o sushiman. Simpático como toda a equipe da casa, nos deu explicações sobre os peixes e, para cada filé exposto apontava o desenho do peixe correspondente no quadro. Não vejo a hora de voltar. Domo arigatô, Azumi!

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